Crônicas

Labirinto

Tem dias que a palavra entala e não sai de mim. A mente fica turva, os pensamentos perturbados e a boca seca. Faço tempestades, eu e elas, elas e o que elas bem querem fazer de si mesmas, ou de mim. Coisa típica de uma perfeccionista?

Pensamentos, imagens, ideias povoam minha mente, sinto falta de som, da voz que me sussurra versos, sentimentos, frases, que me tomam por dentro, ora escorrem pelo papel, ora são faíscas, ora me sufocam, demais.

Insisto. Deixo para lá. Brigo com a minha mente, comigo. Volto.

Tento escutar meu coração, mas confesso, tenho falhado neste quesito.

Uma hora tudo isso, ou, alguma coisa BOA vai ter que sair de mim!

Entre a mente e o coração existem labirintos, montanhosos, lisos, íngremes, tão altos que podem assustar. Se eu saltar com força e rapidez, mas com a pressa cega, vou cair, vou morrer? Voar também é sobre morrer um pouco, atravessar tempestades, apenas temporariamente para renascer e seguir mais forte.

Há tantos caminhos, horizontes, oceanos e eu vinha tentando os mesmos, enraizada profundamente ao passado, por tanto tempo. E se eu fizesse diferente agora? O que faria?

Surge a ideia: E se eu escrevesse um poema em outra língua: inglês, espanhol etc.?

Seguro firme na caneta, ou nas teclas, peito e vozes soltos, flexíveis, na medida da minha alma, cujo o destino, inevitável: é o Céu e o Mar, tudo que nós bem quisermos.

Escritora, apaixonada pelas PALAVRAS, poesia, livros, artes, cinema, dança, qualquer coisa relacionada à Arte. Quando escrevo minha mão flutua, se derrama inteira no papel. Meus primeiros passos na escrita como prazer e desejo – da Alma e do Coração, se deram aos meus 13 anos. Ideias, palavras versos, voz(es), imagens chegam para mim, muito natural e espontaneamente, às vezes tão rápido que quase atropelo tudo, mas sempre repenso e edito, o que também me é muito prazeroso de fazer.

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