Poemário,  Português

Flocos de água

Dentro de casa, aumento meu gosto:
livros,
pensamentos,
corações suspensos, propagando o ar.

Quanta beleza refletida,
tanta cor,
em dias tão cinzas.
Há quem diga que não.

Barulho de chuva,
este poema
para os ouvidos meus.

Nesses dias
em que gotas
fazem poeisa na janela:
Suplico que me lavem-
pés a cabeça.

No ímpeto:
suspendo pés,
deito o corpo
em fios de algodão.

Meu Ser, é um orvalho.

Escritora, apaixonada pelas PALAVRAS, poesia, livros, artes, cinema, dança, qualquer coisa relacionada à Arte. Quando escrevo minha mão flutua, se derrama inteira no papel. Meus primeiros passos na escrita como prazer e desejo – da Alma e do Coração, se deram aos meus 13 anos. Ideias, palavras versos, voz(es), imagens chegam para mim, muito natural e espontaneamente, às vezes tão rápido que quase atropelo tudo, mas sempre repenso e edito, o que também me é muito prazeroso de fazer.

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